História de Ana
Na vida da escritora Ana Maria Machado, os números são sempre generosos. São 40 anos de carreira, mais de 100 livros publicados no Brasil e em mais de 18 países somando mais de dezoito milhões de exemplares vendidos. Os prêmios conquistados ao longo da carreira de escritora também são muitos, tantos que ela já perdeu a conta. Tudo impressiona na vida dessa carioca nascida em Santa Tereza, em pleno dia 24 de dezembro.
Vivendo atualmente no Rio de Janeiro, Ana começou a carreira como pintora. Estudou no Museu de Arte Moderna e fez exposições individuais e coletivas, enquanto fazia faculdade de Letras na Universidade Federal (depois de desistir do curso de Geografia). O objetivo era ser pintora mesmo, mas depois de doze anos às voltas com tintas e telas, resolveu que era hora de parar. Optou por privilegiar as palavras, apesar de continuar pintando até hoje.
Afastada profissionalmente da pintura, Ana passou a trabalhar como professora em colégios e faculdades, escreveu artigos para revistas e traduziu textos. Já tinha começado a ditadura, e ela resistia participando de reuniões e manifestações. No final do ano de 1969, depois de ser presa e ter diversos amigos também detidos, Ana deixou o Brasil e partiu para o exílio. A situação política se mostrou insustentável.
Na bagagem para a Europa, levava cópias de algumas histórias infantis que estava escrevendo, a convite da revista Recreio. Lutando para sobreviver com seu filho Rodrigo ainda pequeno, trabalhou como jornalista na revista Elle em Paris e na BBC de Londres, além de se tornar professora na Sorbonne. Nesse período, ela consegue participar de um seleto grupo de estudantes cujo mestre era Roland Barthes, e termina sua tese de doutorado em Linguística e Semiologia sob a sua orientação. A tese resultou no livro "Recado do Nome", que trata da obra de Guimarães Rosa. Mesmo ocupada, Ana não parou de escrever as histórias infantis que vendia para a Editora Abril.
A volta ao Brasil veio no final de 1972, quando começou a trabalhar no Jornal do Brasil e na Rádio JB - ela foi chefe do setor de Radiojornalismo dessa rádio durante sete anos. Em 76, as histórias antes publicadas em revstas passaram a sair em livros. E Ana ganhou o prêmio João de Barro por ter escrito o livro "História Meio ao Contrário", em 1977. O sucesso foi imenso, gerando muitos livros e prêmios em seguida. Dois anos depois, ela abriu a Livraria Malasartes com a idéia de ser um espaço para as crianças poderem ler e encontrar bons livros.
O jornalismo foi abandonado no ano de 1980, para que a partir de então Ana pudesse se dedicar ao que mais gosta: escrever seus livros, tantos os voltados para adultos como os infantis. E assim foi feito, e com tamanho sucesso que em 1993 ela se tornou hors-concours dos prêmios da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Finalmente, a coroação. Em 2000, Ana ganhou o prêmio Hans Christian Andersen, considerado o prêmio Nobel da literatura infantil mundial. E em 2001, a Academia Brasileira de Letras lhe deu o maior prêmio literário nacional, o Machado de Assis, pelo conjunto da obra.
Em 2003, Ana Maria foi eleita para ocupar a cadeira número 1 da Academia Brasileira de Letras, substituindo o Dr. Evandro Lins e Silva. Pela primeira vez, um autor com uma obra significativa para o público infantil havia sido escolhido para a Academia. A posse aconteceu no dia 29 de agosto de 2003, quando Ana foi recebida pelo acadêmico Tarcísio Padilha e fez uma linda e afetuosa homenagem ao seu antecessor.
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
sábado, 5 de novembro de 2011
Minha opinião sobre Ana Maria Machado
Eu estou aprendendo a vida de Ana Maria Machado e é muito interessante,
todos os livros que ela publica são inspirados na vida dela.
Eu e minha turma já lemos 4 livros dela: A manina bonita do laço de fita,Raul da ferrugem azul,Palmas para João Cristiano e Quem perde ganha
todos os livros que ela publica são inspirados na vida dela.
Eu e minha turma já lemos 4 livros dela: A manina bonita do laço de fita,Raul da ferrugem azul,Palmas para João Cristiano e Quem perde ganha
Livros de Ana Maria Machado
Literatura infantojuvenil
- Uma Vontade Louca
- Amigo É Comigo
- Isso Ninguém Me Tira
- Bento que Bento é o Frade
- Bisa Bia, Bisa Bel (Novela), 1981
- De olho nas penas
- Raul da ferrugem azul
- Do outro mundo
- O canto da praça
- Bem do seu tamanho
- Tudo ao mesmo tempo agora
- O Que É?
- dandinha danda
- Abrindo Caminho
- Alguns Medos e Seus Segredos
- Era Uma Vez Três
- O Gato do Mato e o Cachorro do Morro
- A Jararaca, a Perereca e a Tiririca
- Menina Bonita do Laço de Fita
- O mistério da ilha
- Amigos Secretos
- De carta em carta
- Quem manda na minha boca sou eu!!
- O domador de monstros
[editar] Literatura adulta
- Alice e Ulisses, (romance), 1984
- Aos Quatro Ventos, (romance), 1993
- A Audácia dessa Mulher, (romance), 1999
- Canteiros de Saturno, (romance), 1991
- Como e Por Que Ler os Clássicos Universais desde Cedo, (livro teórico), 2002
- Contra Corrente, (coletanea de artigos), 1999
- Democracia, (coletanea de artigos), 1983
- Esta Força Estranha, (biografia), 1998
- O Mar Nunca Transborda, (romance), 1995
- Para Sempre, (romance), 2001
- Recado do Nome, (tese de doutorado), 1976
- Texturas - sobre Leituras e Escritos, (coletanea de artigos), 2001
- Tropical Sol da Liberdade, (romance), 1988
Ana Maria Machado
Ana Maria Machado (Rio de Janeiro, 24 de dezembro de 1941) é uma jornalista, professora, pintora e escritora brasileira.[1]
Formada em Letras pela Universidade do Brasil, Ana Maria Machado lecionou na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Como jornalista, trabalhou por mais de dez anos na Rádio Jornal do Brasil. Foi uma das fundadoras, em 1980, da primeira livraria infantil no Brasil, a Malasartes (no Rio de Janeiro), que existe até hoje. Nessa década ela publicou mais de quarenta livros, e em 1981 recebeu o Prêmio Casa de Las Américas com o livro De Olho nas penas.
O reconhecimento mundial das obras de Ana Maria Machado aconteceu em 2000, quando recebeu o Prêmio Hans Christian Andersen, o mais importante prêmio de literatura infantil.[2] No mesmo ano foi agraciada com a Ordem do Mérito Cultural. Foi ganhadora do Prêmio Jabuti de Literatura em 1978.
Em 19 de julho de 2011 em entrevista no Programa do Jô declarou que já vendeu, em todas traduções, algo em torno de 19 milhões de exemplares de suas publicações. [3]
Atua intensivamente na promoção da leitura e fomento do livro.
Formada em Letras pela Universidade do Brasil, Ana Maria Machado lecionou na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Como jornalista, trabalhou por mais de dez anos na Rádio Jornal do Brasil. Foi uma das fundadoras, em 1980, da primeira livraria infantil no Brasil, a Malasartes (no Rio de Janeiro), que existe até hoje. Nessa década ela publicou mais de quarenta livros, e em 1981 recebeu o Prêmio Casa de Las Américas com o livro De Olho nas penas.
O reconhecimento mundial das obras de Ana Maria Machado aconteceu em 2000, quando recebeu o Prêmio Hans Christian Andersen, o mais importante prêmio de literatura infantil.[2] No mesmo ano foi agraciada com a Ordem do Mérito Cultural. Foi ganhadora do Prêmio Jabuti de Literatura em 1978.
Em 19 de julho de 2011 em entrevista no Programa do Jô declarou que já vendeu, em todas traduções, algo em torno de 19 milhões de exemplares de suas publicações. [3]
Atua intensivamente na promoção da leitura e fomento do livro.
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